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A mostrar mensagens de janeiro, 2010

Vice Versa-Victor Hugo Pontes

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Partindo do universo dos artistas plásticos Jake & Dinos Chapman, a ideia é construir uma história sem pés nem cabeça, ou com muitos braços, dedos, narizes e várias cabeças, num processo que vai acompanhando o desenvolvimento do conceito de Tempo durante a infância. O ponto de partida é a concepção muito especial que as crianças têm do Tempo e que será explorada a partir do modo como elas tomam consciência do próprio corpo. Será um espectáculo em que as imagens e os gestos substituem as palavras, criando a multiplicidade de sentidos própria do imaginário infantil, e onde no final as crianças construirão a sua própria narrativa. Quanto tempo falta para ser grande? Se ficar com um dedo preso debaixo do pé durante 5 minutos isso é muito tempo? O que acontece se os ponteiros do relógio pararem? Quando estamos a voar a nossa cabeça voa connosco? E o corpo? E se não conseguirmos voar muito depressa? O espectáculo assumirá o ritmo compulsivo e desafiador das perguntas sem resposta que as

"O Escurial" de Michel de Ghelderode-Teatro Art'Imagem

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Um rei, vagueia solitário na sua própria loucura e diverte-se com ela. Num espaço muito próximo, a rainha agoniza no leito de morte, envenenada, assassinada no seu próprio palácio. Um monge prepara-se para as honras fúnebres, observando de perto a clepsidra do expirar de mais uma alma. Nos bastidores deste terror, um bobo, tratador de cães, obriga-se por dever, divertir o rei, nos jogos que este mesmo cria, para conforto do seu sadismo e crueldade.Tudo se passa nos últimos momentos de vida da rainha. "O Escurial", de Michel de Ghelderode, com encenação e interpretação de Flávio Hamilton, Pedro Carvalho e Valdemar Santos, no Espaço Maus Hábitos,Rua de Passos Manuel, 178, Porto, dias 6 a 8 Janeiro e 13 a 16 Janeiro, 22h00

"CRATERA- AS CRIANÇAS COM SEGREDOS" /TEATRO BRUTO‏

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A mulher, como belo sexo, suporta também a condenação de o ser, suscitando os mais extremos desejos do homem, por vezes ao limite das coisas, ao limite da morte. O mundo persiste falocrático e a mulher prossegue como adorada e menosprezada ao mesmo tempo. “Cratera, As Crianças com Segredos”, propõe uma maneira mais difícil de ver uma mulher. Propõe que ela seja vista através de um homem, um actor que, nada disfarçando-se, é Beatriz, a irmã de um estranho Miguel que, na ausência dos pais, toma as rédeas da família que resta. Miguel diz à irmã que os homens sempre olham para as mulheres como se estas estivessem nuas, e Beatriz pensa que melhor seria se fosse também um homem para poder sair livremente à rua, sem perigo. Mas o perigo, aqui, vem de quem se espera cuidado, vem dessa louca e complexa componente do amor, a posse, que, degenerando, facilmente chega ao grotesco e ao desumano. Esta mulher, que somos obrigados a ver através do corpo de um homem e, por isso, nos custa despir, é uma