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A mostrar mensagens de agosto, 2009

Jorge Luis Borges-Nuncam percam o agora

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Se pudesse viver de novo minha vida, na próxima trataria de cometer erros. Não tentaria ser tão perfeito, viveria mais frouxo. Seria mais tolo do que fui; de facto, levaria a sério só umas poucas coisas. Seria menos higiênico. Correria mais riscos, faria mais viagens, contemplaria mais crepúsculos, escalaria mais montanhas, nadaria em muitos rios. Iria a mais lugares desconhecidos, comeria mais gelados e menos vagens, teria mais problemas reais e menos imaginários. Fui uma pessoa dessas que viveu sensata e pacificamente cada minuto de sua vida; e é claro que tive momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar atrás, trataria de ter somente bons momentos. Pois, caso não saibam, disto é feita a vida, só de momentos. Nunca percam o agora. Eu era um desses que nunca vão a lugar algum sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se pudesse voltar a viver, viajaria com menos peso. Se pudesse voltar a viver, andaria descalço desde o começo da primavera até o fi

Hedda Gabler-Henrik Ibsen

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Hedda Gabler, de Henrik Ibsen, é a peça que Sofia Alves interpreta, encenada por Celso Cleto. De 3 a 13 de Setembro no Teatro do Campo Alegre, no Porto. Hedda é uma jovem mulher recém-casada, frustrada e sem nada que a motive na vida; ela própria diz que tem uma vocação para o tédio. O seu sonho: marcar, de alguma maneira, a vida dos outros - algo que acabará por fazer de uma forma radical.

Morais e Castro/2009

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Actor de teatro e televisão, fundador do "Grupo 4", Morais e Castro faleceu, vítima de cancro, a sua carreira se desenvolveu ao longo de mais de meio século. Começou, ainda estudante de liceu, no Grupo Cénico do Centro 25 da Mocidade Portuguesa, tendo a estreia profissional ocorrido em 1956, no Teatro do Gerifalto (A Ilha do Tesouro, com direcção de António Manuel Couto Viana). Formou-se em Direito, tendo integrado o Teatro Moderno de Lisboa, no período 1961-65, para ele um período essencial de aprendizagem e consolidação. Em 1968, juntamente com Irene Cruz, João Lourenço e Rui Mendes, fundou o "Grupo 4", formação que, na época, teve um papel decisivo na divulgação de autores como Bertolt Brecht, Peter Handke ou Boris Vian.Com uma presença regular nos ecrãs de televisão a partir da década de 80, teve um dos seus derradeiros trabalhos de palco em O Fazedor de Teatro, de Thomas Bernhard, encenado por Joaquim Benite. Membro do Partido Comunista Português, sócio fundado

Idiotas-Fiódor Dostoievski

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O Idiota, provavelmente o mais universal e humano dos romances de Dostoievski, é um fresco onde se jogam, sem resposta, categorias infinitas: o bem, o belo, o mal, a queda, a razão, até o amor ou o seu contrário. Rogójin ama Nastássia, que ama Míchkin, esse Quixote eslavo, que ama Aglaia ou ama Nastássia ou, talvez sobretudo, ama Rogójin.Com encenação de Eimuntas Nekrosius,no Teatro Nacional S.joão/Porto,nos dias 11 e 12 set/09.

Moby no Porto

Músico nova-iorquino vem a solo nacional apresentar o novo álbum Wait for Me Moby actua no Parque da Cidade , no Porto , a 12 de Setembro. O músico nova-iorquino regressa a Portugal com o novo álbum Wait for Me na bagagem e antes de dar início a uma intensa digressão norte-americana. O primeiro single retirado de Wait for Me foi "Shot in the Back of the Head", que contou com teledisco realizado por David Lynch, uma das grandes influências de Moby.

We Live in Public

Distinguido com o Grande Prémio do Júri (Documentário) no Festival de Sundance, We Live in Public, realizado por Ondi Timoner,de acordo com uma lógica orwelliana, criou um mundo subterrâneo, habitado por uma centena de artistas permanentemente observados por uma quantidade imensa de câmaras de televisão a emitir para a Internet.Tratava-se de avaliar como é que, num futuro mais ou menos próximo, os seres humanos poderiam "aceitar negociar a sua privacidade", na procura de "reconhecimento" público.

Raul Solnado-2009/A liberdade como revolta

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